Práticas  religiosas como a oração pelos mortos, missas celebradas de costas para  o povo, adoração de imagens, canonização dos santos, adoração da Virgem  Maria, legalização da penitência por dinheiro, dogma da virgindade  perpétua de Maria e sua ascensão e, sobretudo, o abandono das Escrituras  Sagradas deveriam ter fim.
Aprouve  ao Espírito Santo de Deus usar o monge agostiniano Martinho Lutero  (1483-1546) para protestar em meio a tanto desfio da fé bíblica. A  iluminação na mente daquele conceituado professor universitário o fez  entender que a salvação é pela fé em Cristo Jesus, que as Escrituras  Sagradas estão acima da tradição religiosa e que todos devem ter  liberdade de consciência.
Mas,  a Reforma Protestante não foi apenas uma questão religiosa foi, também,  uma questão econômica e educacional. Com o ensino sobre “vocação”, as  pessoas aprenderam que Deus também vocaciona e capacita as pessoas para  exercerem funções não religiosas. Deus é quem capacita o médico, o  jurista e outros. Tal concepção contribuiu para mudar a vida econômica  na Europa. Trabalhar, ganhar dinheiro não mais precisaria ser  interpretado como algo condenável.
A  influência da Reforma Protestante na área educacional foi ainda mais  convincente. Naquela época, os filhos deveriam trabalhar e não estudar. O  sonho dos pais não era outro a não ser ver seus filhos indo para o  mosteiro, seguirem a próspera carreira sacerdotal. Matinho Lutero  ensinou a universalidade do saber. A educação é para todos, anunciou o  reformador. Os pais deveriam enviar os filhos à escola e, se não o  f
izessem, estariam pecando contra Deus. O Estado deveria providenciar os meios para que todos tivessem acesso ao saber. Os professores deveriam ser bem preparados e bem remunerados.
izessem, estariam pecando contra Deus. O Estado deveria providenciar os meios para que todos tivessem acesso ao saber. Os professores deveriam ser bem preparados e bem remunerados.
A  Reforma Protestante contribuiu para mudanças religiosas, econômicas e  educacionais. O conhecimento e a prática das Escrituras Sagradas têm o  poder de gerar mudanças profundas na vida de um indivíduo e da  sociedade.
Nesta  data em que comemoramos o DIA DA REFORMA PROTESTANTE questionamos se,  de fato, tal movimento faz parte de nossa religiosidade, economia e  educação. Vivemos em meio a um sincretismo religioso que nos remete às  praticas religiosas da Idade Média.
Há  uma expectativa de que Deus levante homens e mulheres para promoverem o  bem comum. Pessoas que recebam de Deus o chamado para, em diferentes  funções, exercerem o ministério sagrado. Ansiamos para que Deus “visite  sua vinha” e promova um verdadeiro avivamento no meio do seu povo, onde a  crendice daria lugar à fé, os escritos meramente humanistas dariam  lugar à Bíblia Sagrada e, o estrelismo e personalismo dariam lugar à  piedade. Que venha a reforma!
*Rev. Ricardo Mota é secretário executivo da Apecom - Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação.
 
 
 
 
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